
Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC
Após um processo que durou mais de 12 anos, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) dá início à fase de execução de seu Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas do Campus Trindade (PRAD-TRI), em Florianópolis. A execução do PRAD-TRI marca um avanço significativo no cumprimento de uma sentença judicial que determina a recuperação da qualidade da água dos córregos e da revegetação e cercamento das Áreas de Preservação Permanente (APP) no campus, além da correção e monitoramento das ligações da rede de esgoto, e a promoção de atividades de educação ambiental.
“É uma reparação histórica de uma dívida da UFSC com a sociedade, então, é muito importante estar aqui”, disse o reitor Irineu Manoel de Souza enquanto participava de um mutirão de plantio de árvores nativas no campus, atividade prevista no PRAD e que integrou a Semana do Meio Ambiente UFSC. O mutirão reuniu cerca de 30 pessoas – estudantes, servidores, trabalhadores terceirizados e pessoas da comunidade – na manhã desta quinta-feira, 29 de maio, em uma área próxima ao Alojamento Indígena. Houve, ao longo do dia, o plantio de cerca de 100 mudas e a área ainda receberá outras 130 árvores, e cercamento do local de preservação. Ao todo, estima-se que 2600 novas árvores serão plantadas no âmbito do PRAD-TRI, para reflorestamento e compensação ambiental.
A coordenadora de Gestão Ambiental da UFSC, Anna Cecilia (Ciça) Petrassi, destaca que, para além de realizar a recuperação ambiental, o PRAD-TRI é uma iniciativa multifacetada, que visa à melhoria da qualidade de vida no campus. “Estamos muito felizes por ter recebido o apoio para a execução do PRAD ocorrer durante esta gestão na UFSC”, elogia.
Pai e filha, Luiz Alberto e Daniela, participam do mutirão de plantio. (Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC)
Para o prefeito Universitário, Matheus Lima Alcantara, a execução do PRAD é “um longo processo que se findará com um campus mais sustentável”. “Significa não só a melhoria da qualidade da água, mas também a mitigação de diversos impactos ambientais provenientes da urbanização intensa dentro e fora do campus”, disse.
Luiz Alberto Nickel e sua filha, a professora do Departamento de Saúde Pública, Daniela Nickel, participaram da atividade, coordenada como parte de um minicurso oferecido pela Sala Verde e Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA). “Eu sou morador da Trindade, gosto de meter a mão na terra, fui criado por agricultores”, disse Luiz. Sua filha o convidou para participar do mutirão, e contou que percebeu que já há um movimento de regeneração das áreas próximas aos cursos d’água na região do Centro de Ciências da Saúde (CCS), onde ela trabalha.
De fato, o PRAD-TRI está em execução desde o final de 2024, com diversas atividades acontecendo pelo campus. Além do plantio de mudas, a retirada de árvores exóticas e invasoras já vem acontecendo. Ao longo dos últimos anos, graças à parceria com o programa Se Liga na Rede, da Prefeitura Municipal e Casan, as ligações de redes de esgoto do campus foram testadas em mais de 90%, com as irregularidades identificadas e em processo de correção. E no âmbito da educação ambiental, diversas atividades promovidas pela UFSC, inclusive como as da Semana do Meio Ambiente, vêm sendo realizadas.
Ciça Petrassi lembra que são ações de reparação que podem levar algum tempo para terem seu impacto percebido. “Sabemos que para sentir o resultado deste plantio, precisaremos esperar 10 anos para que estas mudas cresçam. A questão do saneamento também, sabemos que a água que passa pelos córregos que cortam a UFSC não está poluída apenas pelo impacto da Universidade. Porém, com as ações que estamos executando, teremos correções e depois um monitoramento dessa qualidade da água. E com as ações de educação ambiental, estamos promovendo conscientização e a mudança de atitudes em relação ao meio ambiente. Portanto, são todas essas ações que, somadas, ao longo do tempo, frutificarão no futuro, e irão gerar diversas melhorias para as próximas gerações”, salienta a gestora de Gestão Ambiental.
De acordo com o PRAD-TRI, apenas 11,34% das Áreas de Preservação Permanente (APP) do campus Trindade está atualmente ocupada por obras civis e de mobilidade consideradas inadequadas, ou seja, passíveis de compensação. Esta projeção corresponde a 3,70% da área total do Campus (33.787,59 m²). Clique na Imagem para ampliar. (Foto: Reprodução/PRAD-TRI UFSC)
O biólogo da CGA, Allisson Jhonatan Gomes Castro, detalha que o campus universitário é um caminho natural de diversos cursos d’água. “Temos nascentes aqui, há córregos que cortam o campus e estão canalizados, outros estão em sua forma natural. Além disso, recebemos águas das chuvas dos morros do entorno, e todo esse volume de água atravessa o campus e chega até o mangue no Itacorubi. Temos, ainda, um solo diverso, em alguns lugares é bem rochoso, o que impede a infiltração da água. Então, para além de melhorar a qualidade da água, precisamos pensar nesse escoamento, nesse curso natural”, conta o especialista.
Allisson também explica que graças à urbanização já consolidada em diversos ambientes do campus, as áreas de plantio precisaram ser planejadas com estratégias que pudessem assegurar a maior chance de sobrevivência das mudas. Por exemplo, em locais onde há solo de melhor qualidade e onde já existe boa arborização, se aplica o plantio direto, isolado ou aleatório, com as mudas mais espaçadas. Já nos locais de solo mais compactado, onde hoje há vias de tráfego ou estacionamentos, o plantio precisa ser em núcleos, ou em ilhas, com 13 mudas que mutuamente se protegem e se ajudam a desenvolver. Em outros locais se está aplicando a regeneração natural, ou seja, em vez de plantar novas mudas, se está focando em ajudar o crescimento da vegetação nativa, removendo as espécies exóticas invasoras que competem com as plantas nativas e a proteção da área.
De acordo com o PRAD-TRI, a maioria, 58,2% das árvores no campus são nativas. Dentre as exóticas, o foco de remoção está naquelas que são, além de exóticas, também invasoras, ou seja, crescem e se reproduzem com velocidade. Entre as espécies exóticas invasoras sendo retiradas da UFSC estão pinheiros, casuarinas, e outras árvores de grande porte e que não fazem parte da nossa flora nativa, como os eucaliptos, que podem afetar a fauna, inclusive. Até mesmo algumas espécies de árvores frutíferas são consideradas exóticas e invasoras, como as goiabeiras e amoreiras. Em seu lugar, teremos as árvores que naturalmente ocorrem na Mata Atlântica, como as aroeiras e as paineiras, frutíferas como os araçás-vermelhos e a pitangueira, e de grande porte, como a olandi e a guabiroba, que também é frutífera. Essas duas últimas, inclusive, foram plantadas pelo reitor Irineu na última quinta-feira, dia 29.
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