
As linhas de transporte público que atendem as regiões central, norte e leste de Florianópolis voltaram a circular às 10h30 desta terça-feira (17). A greve de ônibus paralisou o serviço pela quarta vez desde sua deflagração na última quinta-feira (12).
Manifestantes bloquearam a garagem do Norte da Ilha, interrompendo o serviço das empresas Transol e Canasvieiras nas primeiras horas da manhã. O Sul da Ilha e a região continental não foram prejudicados pela paralisação, assim como os demais municípios da Grande Florianópolis.
A administração municipal ainda aconselha os passageiros a acompanhar a situação da greve de ônibus pelo aplicativo Floripa no Ponto, visto que novas paralisações podem acontecer ao longo da semana.
“Nós seguimos ao longo do dia acompanhando e informando. O prefeito Topázio está acompanhando diretamente essa questão e tem determinado que a gente priorize a volta à normalidade. É o que a gente tem feito, em contato tanto com as empresas como com os trabalhadores”, declarou coronel Araújo Gomes, secretário municipal de Mobilidade.
Além de Florianópolis, o movimento pode afetar outros seis municípios: São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
Negociações da greve de ônibus na Grande Florianópolis voltam à estaca zero
As concessionárias responsáveis pelas linhas de ônibus retiraram a proposta de negociação com os trabalhadores na noite de segunda-feira. Com a decisão, a greve de ônibus na Grande Florianópolis deve continuar no decorrer da semana.
Segundo o Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), a proposta havia sido enviada aos trabalhadores sob condição de que não houvesse paralisação dos serviços de transporte coletivo. Uma audiência de conciliação está marcada para as 14h desta terça-feira.
Trabalhadores do transporte público reivindicam reajuste salarial e mais cobradores nos ônibus
O acordo retirado da mesa de negociações tinha como base o índice INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que está na casa de 5,32%, e incluía:
Reajuste salarial de 6%, o que representaria um ganho real de 0,68%;
Aumento de 10% no vale-alimentação, o que representaria ganho real de 4,68%;
Bonificação de 10% por acúmulo das funções de motorista e cobrador, o que representaria ganho real de 4,68%.
A categoria representada pelo Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) considerou a proposta insatisfatória. As exigências dos trabalhadores incluem:
Reajuste salarial correspondente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais 3% de aumento real;
Aumento do vale-alimentação de atuais R$ 1144 para R$ 1300;
Aumento da gratificação pelo acúmulo da função de motorista e cobrador em 83%, saindo de atuais R$ 708 para R$ 1.300;
Pagamento integral do exame toxicológico dos motoristas;
Melhores condições de trabalho.
Fonte: ND+