Sul de Floripa

Audiência Pública pauta Segurança Pública no Sul da Ilha

Na quinta-feira (7), uma audiência pública foi realizada para debater, com representantes do poder público e da sociedade civil, a segurança das mulheres, motivada pelo grupo de segurança do Sul da ilha, que se uniu em março, logo após a tentativa de estupro a uma criança de 9 anos no bairro Campeche(Lomba do Sabão).

Na mesa, a presidente da AMOCAM, Roseane, e Jucedna Cesane , uma das lideranças do Grupo Segurança no Sul da Ilha. Durante a fala das autoridades, foi dito que, em 2023, cresceu a violência contra as mulheres e grande parte disso se deve a falta de ações efetivas de responsabilização dos infratores.

“Quando falamos de ações, não se trata somente de aplicar penas a quem comete importunações, assédios ou, até mesmo, estupros. Também nos referimos à necessidade de educação sexual.”

Outro movimento importantíssimo que precisa acontecer são as denúncias registradas baterem com os casos que acontecem. Infelizmente, a subnotificação é um fato e um dado do quanto ainda não se confia no processo e do quanto o sistema é falho no acolher as vítimas de violência sexual. Isso, inclusive, ficou forte com o depoimento de algumas mulheres que foram vítimas e aproveitaram a oportunidade de fala para exigir, também, investimento na formação de servidores da segurança pública mais preparados para o acolhimento de vítimas de violências.

Uma urgência apontada, também, é que a delegacia funcione 24 horas e que se coordene as forças de segurança para que haja integração de câmeras privadas e públicas, visando agilizar o processo de investigação e identificação dos infratores.

No final do encontro, viu-se que uma audiência pública não é suficiente para dar conta de todas as problemáticas que envolvem a violência contra as mulheres, jovens e crianças. Mas dela já saíram alguns encaminhamentos, como ações com coletivos, organizações e movimentos sociais para realizar panfletagens e distribuição de cartazes de conscientização pelos bairros.

A segurança das nossas mulheres, jovens e crianças passou a se tornar prioridade máxima para todos os moradores do sul da ilha.

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