Os trabalhadores da Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF) encerraram a greve após negociações com o governo municipal. O movimento, que teve como principal pauta a defesa da previdência, resultou em avanços para a categoria e no adiamento da votação dos projetos de reforma previdenciária até 7 de abril.
Negociações e resultados
Durante o processo de conciliação, a gestão municipal defendeu a aplicação de multas e possíveis punições aos grevistas, mas o sindicato garantiu que nenhum trabalhador será demitido ou punido, e que os servidores em caráter temporário (ACTs) não serão desligados.
Além disso, a prefeitura se comprometeu com o chamamento imediato de 268 trabalhadores do magistério aprovados no concurso de 2023, bem como com a convocação de 75 profissionais da saúde agora e mais 120 ao longo do ano.
Outro ponto acordado foi a realocação dos PAEEs afetados pela portaria 28/2025, que poderão escolher vagas em outros cargos de professores conforme sua formação e classificação no concurso.
Impactos na educação
A prefeitura também atendeu a reivindicações específicas do setor educacional:
Reversão da redução de disciplinas (História, Geografia, Educação e Ciências) no próximo ano letivo.
Retomada da portaria 15/2024, revertendo alterações na hora-atividade.
Reativação da comissão para descompactar a tabela do magistério.
Próximos passos
Com a votação da reforma da previdência adiada, a categoria pretende intensificar as mobilizações para pressionar os vereadores e debater as propostas com mais profundidade. Segundo o sindicato, a prefeitura e o IPREF fornecerão as informações necessárias para análise até a nova data de votação.
O sindicato avalia que a greve foi um importante passo para fortalecer a luta dos trabalhadores e que a mobilização continuará com ações voltadas à defesa dos direitos da categoria e contra a reforma previdenciária proposta pelo governo municipal.
