A sua arte marcante, de cores vibrantes e que tinha Florianópolis como uma das inspirações, rendeu à artista plástica manezinha, Valda Costa, uma comparação com outro expoente da pintura brasileira, Di Cavalcanti.
A mostra “Valda Costa” (1951 -1993) apresenta as obras da mulher negra, nascida nos anos 50, no Morro do Mocotó, no bairro Estreito, na Capital. Os trabalhos estão expostos na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, no Parlamento catarinense, em Florianópolis. Uma iniciativa da Bancada Feminina da Alesc, a exposição “Valda Costa” é ainda mais emblemática por celebrar o Agosto Lilás, mês de reflexão, de conscientização e de combate à violência doméstica feminina .
Superação na arte
As 28 telas retratam a vida de superação e de desafios da artista plástica Valda Costa, que era autodidata e que, desde criança, manifestava o seu talento para a pintura e desenho.
Nascida como Vivalda Terezinha da Costa, Valda Costa foi musa inspiradora do artista catarinense Martinho de Haro. Mãe de seis filhos, enfermeira e cabeleireira, Valda era definida como uma mulher visionária, destemida e que enfrentou a violência doméstica e social, transformando a dor em arte.
A arte levou Valda a frequentar as altas classes sociais de Florianópolis a partir da década de 1970. A artista viveu, assim, duas realidades: a do morro e a da alta sociedade.
Sua carreira artística é conceituada, por quem a conheceu, como exuberante, marcante, forte, linda e rápida. Transtornos psicológicos e a sua morte precoce, aos 42 anos, interromperam sua trajetória.
A exposição “Valda Costa” está aberta a visitação pública até o dia 5 de setembro.